Escrever para não esquecer: dois anos e meio!

Escrever para não esquecer: dois anos e meio!

Dois anos e meio de ti. Desde que deixei de contar meses que a escrita tem sido escassa. Mas os teus dois anos e meio a preencher os nosso dias tinham que ser marcados. Por isso, aqui vai!

Continuas meiga e muito mimalhinha e, ao mesmo tempo, independente, mandona e teimosa, tão teimosa! De dedo em riste pões e dispões das tuas vontades. Nós fugimos para não nos desfazermos a rir à tua frente. Não queremos que o rei na tua barriga cresça em demasia. Não queremos que te sintas o centro do universo, apesar de seres o centro do nosso universo.

Escrever para não esquecer: dois anos e meio!

Sinto que vais conseguir tudo o que desejas. A teimosia vem, não raras vezes, em forma de persistência e de autonomia – “a Cahota faz!”, “a Cahota conxegue!”. São mais a vezes as que efetivamente consegues do que as que te resignas e dizes “não conxigo!”. Às vezes lá sai um “a Cahota não conxegue!”.

A tua linguagem, corporal incluída, tira-nos grandes gargalhadas. Inventas imensas palavras, a ciscão que significa comichão, canguru que era cunugu, o potamótamo que é hipopótamo… and so on! Tenho isso tudo escrito, sei que a memória é traiçoeira e eu já não vou para nova! 🙂

Adoras os teus bebés e eu enterneço-me a observar-te. Falas com os bonecos como se de pessoas se tratassem. Há dias pegavas na cara da Margarida e dizias-lhe toda entusiasmada “Olha o castelo Magadida, olha o castelo de Garabães!”.

Adoras o castelo. Adoras o parque. Adoras que te deixem em liberdade, para que possas correr, saltar (e como saltas!) e brincar livremente. E cantas, cantas sempre. Aprendes músicas e lengalengas com uma facilidade incrível. A tua memória é o teu bem mais poderoso, para nosso mal muitas vezes. Cobras promessas que eu não gosto de falhar. Raramente prometo o que não cumpro, mas tu, não vá eu esquecer-me, cobras. És a alegria estampada no rosto, aquela alegria típica de quem é criança. Ris, ris, ris, dás gargalhadas imensas e nós rimo-nos contigo. TANTO!

Às vezes gostava de ter uma câmara apontada para ti. Principalmente quando “falas” ao telefone. Há dias dizias “Tou ganso, estás em casa?”, eu ri-me tanto, mas tanto! Não sei de onde saiu o ganso se não da tua cabecinha! Ah, maravilhosa cabecinha criativa!

Contas tudo e nós, nós temos que ter imenso cuidado com o que dizemos, que tu, qual papagaio repetes tudo, TUDO! Sei o quão perigoso é uma criança que conta tudo, porque na sua enorme inocência não filtra aquilo que não se pode ou deve dizer. Proceed with extreme caution, diz-me a experiência!

Adoras o banho e é sempre um choro para sair. Mesmo com a água gelada queres lá ficar. Nunca tens frio e adoras andar descalça, sem meias, sem nada a atrapalhar-te os pés. Gostas de sentir, percebe-se. Gostas de tocar tudo e isso nota-se na tua apetência para as artes plásticas. Adoras modelar plasticina ou outra coisa qualquer que eu invente. Desenhas muito bem para a tua idade (não consigo não avaliar). Adoras montar puzzles, mesmo os mais difíceis. Se não consegues pedes ajuda, mas nunca permites que o façam por ti.

É assim mesmo que quero que cresças, que saibas que podes contar sempre com a nossa ajuda, mas que não dependas dela para viver. E quero que sejas feliz, sempre, sempre, sempre!

E aqui fica o registo para escrever para não esquecer aos dois anos e meio!

Bem sabes que te adoramos, todos, sem exceção, até o teu irmão que tanto gosta de te arreliar!

*Beijinhos*

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Os meus filhos

Sou mãe de dois, do primeiro muito nova, se calhar demasiado, da segunda apenas nova (quero acreditar nisso, eheheh!). A separar os meus filhos estão 19 anos, 19 anos separam-me do Rui e 19 anos separam o Rui da Carlota. É assim na minha casa, fazemos as coisas em ciclos. Com um fiz uma licenciatura, com a outra um mestrado. Costumo dizer que para me meter num doutoramento, tenho primeiro que criar condições para o terceiro filho.
Com um falo de política internacional e vejo séries premiadas. Com a outra ouço o Panda, pinto desenhos e moldo plasticina. A um peço, por favor, para me ir às compras, à outra peço para arrumar tudo!
Com os dois rio muito, passeio, zango-me, às vezes (mais com ela do que com ele)! Vivo um amor sem limites e inexplicável.
Os dois juntos são como a sorte grande e a terminação e os anos que os separam não se notam quando brincam. O amor que os une é imenso, nota-se, apesar dele a arreliar imenso e de ela lhe virar a cara de cada vez que ele vem para pegar com ela. Ele passa imenso tempo no quarto e ela lá a fazer-lhe companhia. Ele dá-lhe atenção e ela fala, fala, fala sempre e imenso.
Eu observo a dinâmica dos dois embevecida. Ele nunca quis um irmão, ou antes quis, até saber que um irmão significava um bebé! Hoje sei que não se via sem aquele pequeno ser que o chateia tanto e a quem ama verdadeiramente. Ela sente o mesmo, apesar de ainda ser demasiado pequena para dar nome aos seus sentimentos.
Ter filhos assim com idades tão diferentes acaba por ser bastante compensador, já vimos um a crescer e voltamos a passar por tudo outra vez, mas desta vez com a certeza de que temos que aproveitar bem. Já sabemos, bem demais, que o tempo passa a voar!

São os meus amores, um amor grande e outro amor pequenino! 🙂

*Beijinhos*

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Escrever para não esquecer… dois anos

Dois anos… DOIS ANOS!
Passou tão depressa que sinto que não te aproveitei nada!
Cresceste imenso, vejo-te grande e independente!
Conversamos imenso todos os dias, tu na tua linguagem que eu interpreto na perfeição! Na verdade falas muito bem, começaste a falar cedo e hoje já constróis frases com várias palavras – “A Cahota consegue xojinha, mãe!”. Esta é a frase que te descreve: autónoma, independente, desenrascada, destemida, aventureira… e teimosa, muito teimosa! Não sei se lhe chame defeito ou qualidade, na verdade sais a mim nas ideias fixas, é difícil demover-te, mas conseguimos, temos que conseguir!
Fazes algumas birras, normais na tua idade e fruto dessa teimosia que te caracteriza! Mas depressa te passam, se virarmos a tua atenção para outro lado!
Fazes-me rir! Quando jogas à bola, quando vês as bandeiras e gritas “Tutugal, tutugal!”, quando nos imitas nas frases, nas expressões, nas ações… “Pedo, dá bohacha à menina!”, gritas a repetir o que digo ao teu pai!
Delicio-me a ver-te ser mãezinha dos teus bebés e a fazeres como te fazemos. Com todo o carinho e dedicação mudas fraldas, alimentas e limpas a cara aos teus bebés. Também os pões a dormir e dás-lhes colinho! Os teus favoritos são a Margarida e o Madiba.
Deliras com o teu irmão, por quem sentes um amor imenso! És correspondida, tenho a certeza!
Adoras desenhar e que te desenhemos, vibras com histórias e até já contas algumas sozinha, tantas foram as vezes que as ouviste… “A Carochinha”; “O Coelhinho Branco”; “Os Duendes Sapateiros”!
És feliz, nota-se na tua alegria que contagia e no teu sorriso rasgado, és feliz e fazes-me feliz, todos os dias!

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Parabéns meu amor mais pequenino, desejo que sejas sempre MUITO feliz!

A vela é da Xiribita (aqui) e é uma delicia, dura até aos 18 anos!

*Beijinhos*

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Escrever para não esquecer… 18 meses

18 meses, ano e meio de ti e tu sempre a crescer… Sinto todos os dias que o tempo nos foge pelas mãos e que, apesar de tentarmos estar sempre lá, há tanto que perdemos! E eu sei como é, os 20 do teu irmão passaram a voar.
Estás uma crescida, falas pelos cotovelos, por vezes não te compreendemos, mas isso não te chateia nada, até porque acabas por te fazer entender.
Brincas imenso ao faz de conta, cozinhas e dás comida a toda a gente, aos bebés, ao cavalinho, ao Tobias (o leopardo gigante que tens no quarto), ao pai, à mãe e ao Rui. O Rui é a tua grande paixão, vais imensas vezes ter com ele ao quarto, enquanto o chamas, “Mamo!”.
Adoras animais, os reais, os bonecos, os dos livros… Tiras os animais do cesto vezes sem conta e colocas em cima dos livros, do computador, da mão, dos móveis… em todo o lado!
Adoras limpar, pegas em panos e limpas tudo, as portas, as paredes, os bonecos… Que nunca percas essa vontade!
Já fazes pequenos recados, fechas a porta, vais chamar o mano, vais buscar alguma coisa que te pedimos…
Comes muito bem, gostas imenso da sopa (popa, como dizes) e adooraaaas fruta, toda a fruta!
Permitimos-te a televisão algumas vezes e agora és tu quem pede, “quecos”, dizes!
Demos nomes aos teus bonecos todos e hoje és tu quem os diz, a Ritinha, a Margarida, a Rosita, a Mimi, a Bibi… Também tens um Teddy, um ursinho que canta histórias, que adoras!
Já encaixas bem os jogos de madeira.
Adoras livros, contamos-te as mesmas histórias vezes sem fim e a tua preferida é a da Carochinha, da “Chinha” e do “Patão”!
Cantas imenso e contas as histórias enquanto passas os dedinhos pelas palavras (fazes como a mãe), tudo em mandarim (pelo menos é o que achamos, que não percebemos nada)!
Também fazes algumas birras, deitas-te no chão ou choras, mas passa-te rápido, que remédio!
Mexes em tudo, abres armários, tiras chávenas, pratos, garrafas de azeite, espalhas as molas e, se não estivermos atentos, tiras a tua roupa toda da cómoda… uma agitação!
Onde estás só há lugar para uma coisa, alegria!

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Sinto-te imensamente feliz e nós felizes contigo!

A Carlota veste:
Vestido: Zippy (ver aqui)
Colar azul: Pó de Talco (ver aqui)
Meias: Boutique da Meias (ver aqui)
Colar de âmbar: Colar de Âmbar (ver aqui)
Sapatilhas: All Star no Bazar Desportivo (ver aqui)

*Bom fim de semana*

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