Ser pai é… um estado de ansiedade permanente, que fervilha a todo o instante. Não me convencem com o dito popular de que «tudo se cria».
Sim, é verdade, tudo se cria, mas em que condições? Com que perspectivas de futuro? Em que Mundo cada vez mais hostil e perigosamente musculado? Olhar adiante é ver um horizonte cinza escuro, que escurece cada vez mais à medida que nos aproximamos dele, apesar de nunca o conseguirmos alcançar.
Ser pai é viver neste sobressalto permanente. E eu nem era assim. Hedonista por natureza e procrastinador por apetência, sempre olhei o amanhã com desconfiança, ciente de querer viver muitos e bons anos, seguro que tal não irá acontecer, mas tranquilo quanto a qualquer desfecho. No entanto, era eu e só eu. O treino que tive ao longo de 16 anos com o mais velho, que não sendo meu de carne, sinto-o meu no coração, não me preparou para ser pai a tempo inteiro de um bebé, hoje “uma crescida”, como ela diz. E foi a tempo inteiro mesmo durante os dois primeiros anos. A exigência de manter um olho no futuro é uma aflição para quem ao longo de 46 anos viu o futuro como algo que ainda estava para chegar e ser vivido, porque antes disso há o presente que deve ser vivido como se não houvesse amanhã. Ou seja, sem preocupações com o futuro. Isso alterou-se, porém, apesar de olhar para o futuro com alguma (sejamos brandos) preocupação, não abdico de fruir o presente, um dia de cada vez. É o que tento fazer com a Carlota e, por isso, agradeço esta intensidade do pai presente de manhã à noite em que quase lhe vejo o cabelo a crescer.
É maravilhoso ver o desabrochar de um ser ainda há dias um bebé indefeso e hoje já capaz de me pôr os nervos em pé e de ser igualmente e sempre o mais doce do universo. “Gosto muito de ti, pai”, diz-me várias vezes. Ainda bem que sai ao pai (mais uma coisa boa herdada do pai) na demonstração de amor e de carinho.
Apesar de tudo, sinto-me #OPaiMaisBabadoEntreOsHumanos.
Um texto escrito pelo pai, Pedro Vasco Oliveira!
*Beijinhos*
Sofia
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Adorei a visão do super Pai!!