Não é pelo não, é apenas pelo manter de uma palavra, de uma premissa, de uma promessa! É apenas manter aquilo que dissemos, sempre! 🙂
Mas vamos dizer não e vamos manter esse não, pode ser?
Mesmo que a criança chore, grite e esperneie, vamos manter o não. E o não de hoje, será o não de amanhã e de depois e depois e depois… Pode ser? Sabe por que é que isto é importante? Porque, se queremos que uma criança cumpra uma regra, esta deve ser consistente e adequada. Não pode andar ao sabor do vento e, muito menos, da nossa vontade. Ou pior, da vontade da criança! Se decide que é não, tem que ser não, sempre! E deve ser adequada à idade e à compreensão que a criança tem do mundo, sem nunca esquecer que uma criança é uma criança! Não vale a pena exigir o que a criança não entende!
Mas atenção, a criança entende muita coisa desde muito cedo. Entende, por exemplo, quem mais facilmente cede e faz, muitas vezes, uma espécie de chantagem emocional. 🙂
Para além disso, todas as crianças devem perceber que existe o certo e o errado. Que há um comportamento adequado e outro que não o é. Que há coisas que se podem fazer e outras não! E isto é válido desde muito cedo. Mas também há uma coisa que todos os pais devem entender: as crianças não nascem ensinadas. Assim como nós temos, por exemplo, que aprender as regras quando chegamos a um novo trabalho, as crianças têm que aprender a viver em sociedade. Então, como fazemos? Com exemplos, principalmente. Ninguém, por exemplo, espera que uma criança saiba comer com talheres, se toda a gente à volta dela come com as mãos. E isto serve para muitas outras coisas.
Vamos todos dizer NÃO!
Depois há aquilo que nós vemos como sendo certo, mas que difere do certo do outro. Eu, por exemplo, não gosto, nem permito, que a minha filha mexa em nada que não é dela, nem que entre em lojas e vá mexer em tudo, que grite na rua ou que se levante antes de toda a gente terminar a refeição. Mas isso sou eu! A educação é individualizada, é pessoal, é cultural. Por isso, é importante respeitar e isso… bem, isso é universal. O respeito deve ser o alicerce de toda e qualquer educação e também se ensina.
O respeito pelo outro, pela natureza, pelas coisas, nossas e dos outros, saber respeitar é, muito provavelmente, das coisas mais difíceis de se ensinar, mas, acredite, vale muito a pena! 🙂
E agora, vamos todos dizer NÃO?
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*Beijinhos*
Sofia
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Não é do nada que eles aprendem a dizer ” não ” antes de dizer ” sim ” … somos nós! Mas entendo o conceito!!
Bjs
https://atitica.wordpress.com/
Aqui o não tem mais um sentido figurado, claro que não é a palavra em si, é mais a atitude e a consistência das atitudes. 🙂
A minha filha tem dois anos e eu não a deixo fazer tudo o que quer, digo não!!! O que acontece é que ela sabe que não deve fazer determinada coisa (por exemplo pintar o sofá) e mesmo assim faz. E no final ainda faz uma expressão de satisfeita por ter feito asneira! Eu faço cara de zangada e digo-lhe que isso é asneira e não se deve fazer. Ela promete não fazer mais, mas depois esquece…
Pergunto se estou a agir bem ou deveria ter outra atitude?
Aos dois anos desafiam, é normal. A Carlota fazia imensos disparates e ria-se, mas hoje está bem mais calma. Mas zangue-se e mostre que está zangada. Não é porque compreendemos que devemos deixar de nos zangar e explicar que alguma coisa não se faz. Pode até colocar o motivo do disparate fora do alcance dela, dizendo que só dará quando ela se comportar convenientemente.
Beijinho e espero ter ajudado. 🙂