“Mãe, quero uma irmã!”

A Carlota anda muito intrigada com as relações familiares. Quem é o meu pai e a minha mãe, a mãe e o pai do pai, quem é o avô e não aceita muito bem que o avô seja meu pai, acha ela que o avô é avô e mais nada! 🙂

Há dias íamos no carro e quis saber se eu tinha um irmão. Respondi-lhe que não, que tinha uma irmã. Que a minha irmã era a tia! Quis também saber se o avô tinha irmãos, quem eram, como se chamavam. O mesmo com a avó e o pai.

Depois desta conversa toda chegou à conclusão que toda a gente tinha irmãs… menos ela! Até o Rui tem uma irmã!

Pedido muito choroso: “Mãe, eu também quero uma irmã!”

E é isto, um pedido muito sentido, que dificilmente será atendido e que me fez rir imenso! 🙂

*Beijinhos*

Sofia

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Os meus filhos

Sou mãe de dois, do primeiro muito nova, se calhar demasiado, da segunda apenas nova (quero acreditar nisso, eheheh!). A separar os meus filhos estão 19 anos, 19 anos separam-me do Rui e 19 anos separam o Rui da Carlota. É assim na minha casa, fazemos as coisas em ciclos. Com um fiz uma licenciatura, com a outra um mestrado. Costumo dizer que para me meter num doutoramento, tenho primeiro que criar condições para o terceiro filho.
Com um falo de política internacional e vejo séries premiadas. Com a outra ouço o Panda, pinto desenhos e moldo plasticina. A um peço, por favor, para me ir às compras, à outra peço para arrumar tudo!
Com os dois rio muito, passeio, zango-me, às vezes (mais com ela do que com ele)! Vivo um amor sem limites e inexplicável.
Os dois juntos são como a sorte grande e a terminação e os anos que os separam não se notam quando brincam. O amor que os une é imenso, nota-se, apesar dele a arreliar imenso e de ela lhe virar a cara de cada vez que ele vem para pegar com ela. Ele passa imenso tempo no quarto e ela lá a fazer-lhe companhia. Ele dá-lhe atenção e ela fala, fala, fala sempre e imenso.
Eu observo a dinâmica dos dois embevecida. Ele nunca quis um irmão, ou antes quis, até saber que um irmão significava um bebé! Hoje sei que não se via sem aquele pequeno ser que o chateia tanto e a quem ama verdadeiramente. Ela sente o mesmo, apesar de ainda ser demasiado pequena para dar nome aos seus sentimentos.
Ter filhos assim com idades tão diferentes acaba por ser bastante compensador, já vimos um a crescer e voltamos a passar por tudo outra vez, mas desta vez com a certeza de que temos que aproveitar bem. Já sabemos, bem demais, que o tempo passa a voar!

São os meus amores, um amor grande e outro amor pequenino! 🙂

*Beijinhos*

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