Hoje decidi escrever sobre um assunto que preocupa imensos pais. Um assunto delicado e que causa alguma ansiedade. Mas não tem que ser assim. Não mesmo! Escrevo porque, apesar de ainda faltar algum tempo, também estou na mesma situação, isto porque a Carlota nasceu depois do dia 15 de setembro, por isso é condicional.
Sim, a minha filha (também) é condicional!
Antes de mais um esclarecimento, o que é isso de ser condicional? Todas as crianças nascidas até ao dia 15 de setembro têm, obrigatoriamente, que entrar para o primeiro ciclo no ano em que completam seis anos. As outras não. As outras estão condicionadas às vagas existentes ou à opção do pais.
Sou educadora, sou filha de uma antiga professora primária, conheço os dois mundos muito bem para saber que se a Carlota tiver que ficar mais um ano na pré-escola não há problema nenhum! Aliás, não sei se não ficará por opção nossa, a ver vamos!
E tudo porque sei o que está em causa. Sei, por exemplo, o quanto a maturidade emocional é importante, talvez seja “O” mais importante. Porque havemos de querer que uma criança vá para a escola, se ainda só pensa em brincar? Ou se não consegue lidar com a frustração de não conseguir realizar uma tarefa? Ou se chora de cada vez que se depara com um problema? Por que vamos sujeita-la a estar sentada uma data de horas, quando ela ainda não percebe muito bem porque tem que o fazer? PORQUÊ? Para poder dizer que está na escola, para não ter um problema quando as pessoas acharem que está atrasada. Não é atraso minha gente, não é uma retenção, é apenas uma espera, e uma espera tão, mas tão boa!
Vamos desmistificar esta ideia de que os condicionais atrasam! Não atrasam, ganham! Na verdade nesta equação entre o que se ganha e o que se perde, é muito mais o ganho do que perda! Compreendo a aflição, a preocupação, mas lembre-se que a idade ótima para a aprendizagem da leitura e da escrita são os 7 anos, não são os seis e muito menos os cinco. Não vamos ter pressa, não vamos obrigar as crianças a crescer… à pressa! Não vamos obrigar as crianças a estar sentadas, quando ainda não entendem porque têm que o fazer. Não vamos! Vamos ter calma, vamos respirar e pensar, pensar nelas! Vamos pensar mais nesse ser tão importante para as nossas vidas e deixar de pensar no que os outros dizem! 🙂
Se pode correr bem, claro que pode, muitas vezes corre, mas… será que vale a pena o risco? O que acha? Como faria? Como fez? Dê-me a sua opinião! 🙂
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*Beijinhos*
Sofia
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